sexta-feira, 10 de junho de 2011

Oremos por essa Cidade Que Deus ama.


Morada Nova

Morada Nova teve seu início pela instalação de duas fazendas à margem esquerda do Rio Banabuiú, pertencentes aos irmãos Alferes José de Fontes de Almeida e Capitão Dionísio Matos de Fontes, que aqui se instalaram, remanescentes das plagas pernambucanas.

Os irmãos Alferes e Dionísio, ambos de formação religiosa, solicitaram permissão para o então Bispo de Pernambuco, Dom João da Purificação Marquez Perdigão para a construção de uma capela. Através de uma consulta (plebiscito) aos habitantes da região, a escolha do local foi feita de forma democrática. Assim, pela maioria de votos foi escolhida a Fazenda Morada Nova (casa de José de Fontes) como novo local para a construção da capela, hoje a Igreja da Matriz, cujo padroeiro indicado no pedido foi o Divino Espírito Santo.

A capela foi criada pela Lei Provincial nº 1.561, de 09 de outubro de 1873 e inaugurada no dia 1º de março de 1874, pelo Pe. Francisco Álvares Lima e tendo como o primeiro administrador do patrimônio paroquial Eduardo Henrique Girão. Era uma região formada de “fazendas de criar”, apoiadas no gado e na subsistência. Portanto, se fez Morada Nova, que recebeu esse nome originário da Fazenda Morada Nova, de José de Fontes, localizada ao nascente de uma lagoa. Segundo os antigos, na parte próxima a Fazenda, a lagoa era conhecida como “Lagoa do Garrote” (hoje conhecida como Salina) e na parte de trás, como “Lagoa da Escondida” (onde fica o conhecido Açude Velho).

José de Fontes, orgulhoso por ser construída a capela em sua fazenda, logo levantou uma nova morada, e vindo seu irmão Dionísio fazer-lhe uma visita, ao meio do percurso, ao ser indagado qual o seu destino respondeu: “Vou conhecer a Morada Nova do José de Fontes”, daí então o local ficou conhecido como Morada Nova.

Na Assembléia Legislativa do Estado, em sessão realizada no dia 25 de junho de 1876, foi apresentado um Projeto de Lei elevando a povoação de Morada Nova a categoria de Vila, denominando de Vila de São Crisólogo. Porém, o deputado J. Pauleta apresentou uma emenda a esse projeto, retificando o nome para Vila do Espírito Santo. Por muitos anos, nas documentações, o município de Morada Nova era dado como “cidade do Espírito Santo de Morada Nova”. Só em 1893, uma emenda legal restituiu-lhe o nome de Morada Nova. Assim ergueu-se a cidade de Morada Nova, entre a várzea do Banabuiú e a Lagoa da Salina. A cidade de Morada nova cresceu e se desenvolveu mantendo as tradições: devoção ao Divino Espírito Santo e respeito ao vaqueiro, homem forte que jamais foge à luta.

Fonte: Morada Nova em Revista

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